domingo, dezembro 23, 2007

N A T A L

Dizem que é quando um homem quiser!
-Mas porque é que não queremos?












D e z e m b r o


Se na cidade do Ódio
Eu visse uma casa de Amor

Se na rua da Tristeza
Eu visse uma porta de Alegria

Se nos olhos do Desespero
Eu visse uma lágrima de Esperança

Se no coração do Conflito
Eu visse uma artéria de Paz

Se nos bolsos da Caridade
Eu visse uma nota de Solidariedade

Se no mar da Contradição
Eu visse uma maré de Verdade

Se no País das Promessas
Eu visse razão na Justiça Social



Então... eu tentaria ser feliz

Pelo Natal!

sexta-feira, dezembro 07, 2007

A Máquina está pronta a trabalhar!



P A R A B É N S!
VALEU A PENA!

O Teatro não vai acabar ne
sta terra!
N
ão se pode parar o Progresso!

PRÓXIMO ESPECTÁCULO:

SÁBADO 26 de JANEIRO
2008

Nos "Franceses" Pelas 15.30Horas



quinta-feira, novembro 29, 2007

Nova Estreia do Projéctor em 2007


Depois da "Boa
Alma de Setsuan" estreada em Março no AMAC, agora é a vez da "Máquina do Teatro" estrear no próximo dia 5 de Dezembro pelas 15.30h na SDUB " Os Franceses"

sexta-feira, novembro 16, 2007

Cantando com FRANCISCO NAIA

FRANCISCO NAIA (Francisco Manuel Naia Tonicher) nasceu na Estação de Ourique – Gare, concelho de Castro Verde, Baixo Alentejo., tendo sido registado, em 27 de Dezembro, na Conservatória do Registo Civil de Beja, terra da naturalidade dos seus pais . É licenciado em Filologia Germânica e Professor do ensinosecundário, em Almada.

Em l969, após regresso do serviço militar e reingresso na Universidade – Faculdade de Letras – reencontra José Afonso e integra-se num grupo de diversos cantores, músicos e poetas, cujas criações e obras - dotadas de um profundo sentimento de protesto contra o regime, contra a guerra colonial e de denúncia da grande injustiça social, então reinante - procuravam divulgar por tudo o que era sítio (destaca, para além do Zeca, o Adriano Correia de Oliveira, Francisco Fanhais, Luís Cília,Denis Cintra, António Pedro Braga, Pedro, Vieira da Silva, Manuel Freire, José Carlos Vasconcelos, Joaquim Pessoa José Fanha, Pedrosa, António Macedo, Mário Viegas, José Jorge Letria, Ernesto César, Samuel , Nuno Filipe, José Manuel Osório, Teresa Paula Brito, Maria Teresa Horta, Pedro Barroso, Fausto, José Barata Moura, Rita Olivais, Rui Mingas, Márinho, Fernando Laranjeira, Mário Piçarra, Carlos Alberto Moniz , Sérgio Godinho; José Mário Branco, Pedro Osório, Jorge Palma, Caldeira Cabral, Fernando Alvim, António Pinheiro da Silva (Tó), etc.)
Ainda em 1969 edita para a RCA, os seguintes trabalhos Canção da solidão ( single – 1970 ); Amigo João (EP – 1970 ); Lá em casa somos três (single – l970); Canto Suão ( EP – 1970 ); Ò moças Façam arquinhos ( single – 1971/72 ), tema muito divulgado e de grande aceitação popular; Porque teimas em voar ( EP – 1972 ) ; Resolvi subir a montanha ( single – 1972 ).
Entretanto, ainda em 1972, assina contrato com a Editora IMAVOX , editora ligada ao Rádio Clube Português, onde grava o seu primeiro L.P, designado por Cantos Livres, Contos Velhos, ( L. P. – 1973 ) e os singles Amigo, meu amigo ( single – l973); Barquinha vai, Barquinha vem ( single – 1974).
Com a Revolução do 25 de Abril, Francisco Naia vê os seus discos serem divulgados pelas estações emissoras, com destaque para "Amigo ,meu amigo", tema que se tornou muito popularizado.
Desde 1975 faz parceria com o músico e compositor João Pimentel, que o acompanha em guitarra clássica.
Já na Editora SASSETI, grava o L.P. "CÁ PRÁ GENTE" ( L.P.- 1979 ) com orquestrações de Pedro Osório e de Jorge Palma, cuja temática é a de homenagear toda uma série de figuras populares que o cantor conheceu ou contactou no seu dia a dia.
O disco , com alguns acidentes de percurso, que atrasaram a sua saída, foi considerado pela imprensa especializada como um dos melhores trabalhos saídos em 1979 e o teledisco respectivo (RTP) – "O chefe" – teve boas referências.
Do L.P. destacaram-se os temas "Neste Campo" , "O Chefe Tonicher", "Tia Inês", "Maria da Picareta" , "Cantilena do Rapaz Solteiro", "A Xaranga do Zaranza" etc.
Divulgado o disco no Canadá, Naia efectuou um período de concertos em Toronto e Montreal, com programas na rádio e na Televisão.
Em 1980 participa no primeiro Festival da Canção de Lisboa, no Castelo de S. Jorge, transmitido em directo pela RTP, com a canção "De Lisboa em Lisboa", com letra da Hélia Correia e música de Afonso Dias. Nesse mesmo ano gravou um single. Ainda na SassetI , "Canção de Lisboa" ( Single – 1980 ).
Em 1984/85 é convidado pelo realizador Artur Ramos para escrever e compor cinco temas para o filme "A Noite e a Madrugada", inspirado no romance de Fernando Namora com o mesmo título.( Filme também editado em vídeo )

Participou numa curta metragem de Augusto Cabrita sobre o rio Tejo. Também Interpretou uma curta metragem para televisão, inspirada no tema "O Chefe" – do seu último disco – filmada na estação da C.P. de Alcantara.
Compõe e escreve para peças de teatro, nomeadamente nas peças "Felizmente há Luar" de Stau Monteiro, com poemas de Joaquim Pessoa, levada à cena pelo TEB –Teatro Ensaio do Barreiro, em estreia nacional; " Zé Pimpão e os sapatos feitos à mão ", de António Ferra, professor, representada nas escolas e na Televisão.
Ainda para a Televisão, com música de "João Pimentel" e de ambos, participou como actor-cantor nas peças de Couto Viana "O Relógio Mágico" e " Era uma vez um Dragão", encenadas pelo Actor Mário Pereira.
Mais recentemente, em l998/99, participou como actor-cantor na peça " Jeremias", de autoria de Luís Vicente, sobre textos de Apuleio, Luciano, Brook, e do próprio actor; com encenação de José Mora Ramos e estreia no Fórum Municipal do Seixal. Seguiu-se tournée nacional, incluindo Açores.
Desenvolve o espectáculo e projecto discográfico "Cantes d’ além Tejo", apresentado nos últimos dias da Expo98, e o Recital de Canto e Guitarra – com João Pimentel – designado por "Cantos da Memória ". Depois o projecto "Em Cantos de Abril". Em projecto :"Primavera a Sul", canções de amor e luta – vivências; segue-se "Alentejo, minh’ afeição", música tradicional cantada por solistas populares alentejanos e"Não deixes de me encantar", temas de amor que poetas amigos convidados guardavam " na gaveta".

Ao longo deste percurso acompanharam Francisco Naia músicos e amigos, com destaque para : Fernando Alvim, Pedro Caldeira Cabral, António Chainho, Rui Cardoso, Tó Pinheiro da Silva, Zé Poppy, Zé Eduardo, Batata ,Velhinho, Gilda, João Carlos, Bartolomeu Dutra , Márinho, Luís Macedo, Rui Paes, Firmino, Jaiminho, Carlos Vargas, Pedro Osório, Jorge Palma, Ed Paes Mamede e os Grupo à Moda Popular, Grupos Açoreano Tanchão e Off Y Sina da música, Paula Goulart, Minela, Rui Curto, João Penedo, Mário Gramaço, Quiné, João Balão, Ceciliu Isfan, Jorge Carreiro, José Carita, Ricardo Fonseca, Gil Pereira, Nuno Faria.
Nos mais recentes trabalhos, nomeadamente no disco "Cantes d’além Tejo" e no espectáculo com o mesmo nome, participam, para além do cantor, João Pimentel (compositor e guitarra acústica) ; Rui Curto ( acordeão ) ; João Penedo ( contrabaixo ) ; Mário Gramaço ( Saxofone, flauta e clarinete ), Quine (percussões)


quarta-feira, novembro 07, 2007

PESCA A DOR


A praia sem leito
de margens e madrugada
Muitas horas
no cimo do lombo
e o sonho que o dia nasça do nada

Pesca a dor
e dança descalço
em camisa
curvado pró mar

Sentinela da água e do espaço
peixe à espera que falta saltar

O futuro de gente madura
ir à sorte é ir outra vez
Basta água pra tanta secura
Eis a sina de tantos porquês

Esse peixe que salta
a esperança que rói
O regresso que falta
neste corpo que dói

São as horas a fio
essa lua a mirar
é o encher do vazio
pra depressa voltar.

domingo, outubro 28, 2007

terça-feira, outubro 09, 2007

Sentimentos


Sempre

encontro
os poemas
nos teus olhos

Sentimento
de uma festa
por inventar

Que dão voz
mesmo ao grito
das palavras
na viagem
aos teus sonhos
por sonhar

É possível
beber letras
no teu canto


Com cantigas
para domar
esta saudade
No regresso
dessas margens
do teu tempo
noutras ondas
que buscam
A liberdade

Muito correm
as memórias
no teu corpo


Rompem mágoas
só bebidas
na paixão
mas no cerne
desse barco
que precisas
há um porto
de regresso
ao coração.

quinta-feira, outubro 04, 2007

"O BAILE" de NOVO em CENA!




PEÇA de TEATRO "O Baile" novamente em cena. Desta vez na SFUA em PINHAL NOVO nos dias 6 e 7 Outubro 21.30h e 16.00h respectivamente

domingo, setembro 16, 2007

O Meu Mar




Desembarquei aqui
Neste rumor do vai vem
Incerto das ondas.

A minha vida sentou-se
à beira do mar
Com o rosto aberto
e frio no coração.

No leito do teu corpo
Haviam margens a desbravar
E madrugadas
com sede do meu amor.

O teu sonho era a minha praia
a medrar todos os dias
em maré-cheia
onde ficavam restos de ternura
pelo chão
quando o rio sonhava
em desaguar

Descobrir-te
foi um tempo de alegria
com pássaros a nascer
por entre os dedos
a voar na esperança
para te encontrar

Este poema
De espuma e de lendas
levar-me-á
ao romper do teu canto
onde as palavras
têm os pulsos imóveis
com rosas duras nos gestos
e travo a mulheres maduras.

Pela manhã
Partirei
De novo
Nessas ondas
Onde o amor
Serás tu
Certamente!


sexta-feira, agosto 10, 2007

S A U D A D E


Há entre mim e a noite

Uma janela de saudade
Com sombras cortadas à espada
Que choram no suplício dos dias
A sede da tua ausência

Olho-te com olhos de casas vazias
E atravesso portas
Como se penetrasse no peito
Do teu corpo de lua cheia

Agora tu não existes
Mas deixa-me inventar-te
Porque tu és feita de mar
E eu apenas um rio
Que corre em maré cheia
E a querer em ti desaguar

Tento construir em todas as ruas
O teu nome em arabescos coloridos
Mas que se leiam no fundo
Do tempo sem memória

Pois para além de mim
Há beijos enlouquecidos
Que ficaram à beira mar
Quando o sol se Pôs.

terça-feira, julho 24, 2007

O Prof.Kira lá me certificou!



Não sei ainda como foi;
Pois se para mim o céu e o rio são Amarelos ou Cinzentos!
Mas o que é certo, é que está aqui o Certificado
assinado por ele. Prof. Kira


quarta-feira, julho 11, 2007

Complicadas Coisas

Porquê esse silêncio quando entrei no café?
Porque é que se calaram quando nasci?
Por respeito, inveja ou despeito?
Ou porque certas coisas já emitidas me queriam omitir?
Culpa, não tive nenhuma porque ninguém
me consultou, se estava ou não interessado em aparecer.
obviamente! Os meus pais trocaram votos,alianças e assinaturas pela igreja.
Claro, viveram como todos os demais, pobres… mas felizes, entre comas que não são parêntesis.
Eles sabiam lá, que se vendiam camisas de Vénus, preservativos ou camisinhas no Chiado ou nos Champs- Elyssées!
Ou que o coito se interrompia na América em Amesterdão ou na Praça do Brasil.
A minha avó era apenas Maria e bonita e o meu avô
nos anos da guerra, passava horas nas filas, ou bichas, sem serem gays, dos géneros racionados e morreu tuberculoso.
Dizem, que chegou a ir à sopa do Sidónio que era Pais e déspota deste País à beira mar plantado pelos Árabes.
Ninguém, antes de nascer, me contou.
Juro que ninguém me confidenciou, que o leite de cabra estava esgotado... e que o feito em pó, se bebia como alternativa.
E que anos depois entraríamos na era do consumismo, da cola-cao e da Coca-Cola, que davam automóveis.
Também ninguém, colocou a boca no trombone p´ra me dizer, que havia uma guerra para cumprir, que nenhum de nós encomendara e uma farda para vestir, que larga me ficava e que mais magro me fazia sentir e parecer.
Que haviam mulheres, sem planeamento familiar, que à esquina me atormentavam, para com elas trocar dinheiro por espermatozóides, fazendo de mim mais um, talvez…o Vinte mil e tal.
Ninguém me informou também, que casas e empregos não haviam para todos, mesmo que se inscrevessem nas Instituições ditas Governamentais.
E que ao nascermos, seríamos mais um, para connosco dividirem a dívida externa.
E também nunca me disseram, que tínhamos de importar ministros, cerejas e dentistas e exportar futebolistas,tudo isto a bem da Nação e sem nos importarmos.
Ninguém, nem por uma vez, me disse que alguns só almoçavam dia sim, dia não e outros ainda, só dia não, dia não.
E também...
Nunca, mas mesmo nunca, me disseram…
Que a felicidade, já no século passado,
era um produto acabado.

segunda-feira, junho 18, 2007

Algumas Mulheres deste Baile

Felicidade

Que prazer
em viver este Baile!

Imensas estreias confesso que já vivi, mas sem dúvida, nenhuma igualável a esta.
Estreia que me estimulou a percorrer por dentro o olhar de gente simples com rostos
amadurecidos e de sonhos adiados que nunca chegaram a viver.
Estreia também como ponto de partida em conjunto onde poderemos desfrutar este prazer da simplicidade em se contar histórias simples, de gente como nós, através do teatro.

Certeza eu tenho, de que a felicidade também é isto!

Alguns Homens deste Baile








sábado, junho 16, 2007

A PEÇA DE TEATRO "O BAILE" JÁ COMEÇOU!


PRÓXIMOS ESPECTÁCULOS: 16 /17 /23 E 24 DE JUNHO 21.30H

LOCAL : SALÃO DOS BOMBEIROS DA SALVAÇÃO PÚBLICA

INTERVENIENTES:UTIBTEATRO (Turma de Teatro) UTIBDANÇA (Turma de Dança) CORUTIB (Coro da UTIB)


terça-feira, maio 22, 2007

Pôr de Lua!


Registo


A Lua
Encheu o peito
de pranto
tornou-se triste
e sempre em crescente
ficou morta de cansaço


A noite era fria
O céu envergonhado
mas a bramir
por vingança
escondeu-se noite adentro
e cabisbaixo ficou.

Ela, tipo contraluz
estava como sempre
fulgurante, bonita.
Os olhos
mantinham-se

expressivos
sinceros
solidários
e cinzentos.

No rosto
um sorriso resgatado
despontado a nascente

quedou-se, no corpo
afável e terno que prometia

esconder a lua dentro da pele
se necessário fosse.

Na cidade
encerravam ocorrências
locais de estacionamento
e lojas de pronto a vestir.

E viam-se autocarros
em contra-relógio apinhados

que teimavam em deslizar.

Na rádio uma cantora rouca
de voz mal colocada
deitava fora uma canção
em que falava de um sol redondo.

Anunciava-se ainda
Uma outra marca de chicletes
um brutal aumento da gasolina
E mais uma fábrica que encerrava
Desta vez em Paços de Ferreira.

E ruas acima protestava-se
não contra o desemprego
mas apenas
porque o fulano de tal
que marcava muitos golos
na terra dele
já não vinha para o Benfica.

Porra, assim perdemos sempre!