Foi com base no texto de Lucien Lambert “As Vedetas”; Literatura fresca, versátil, com um texto contemporâneo, terrivelmente denso mas entusiasmante; pleno de conflitos intimistas aqui e ali cercados por momentos sagrados de grande dramatismo, que me posicionei para iniciar esta viagem cénica sobre as audições ou Castings como ora se diz.
Procurei servir-me da abordagem aos bastidores do, nem sempre preparado espectáculo, quais labirintos, onde se erguem e destroem futuros em ambientes controversos, imperando quase sempre a lei dos mais audazes e oportunistas.
Negócio competitivo, às vezes cruel e perigoso, nomeadamente para jovens inexperientes que buscam nas imagens das TVs e etiquetas da moda, o caminho do vedetismo e da fama, que poderá passar nas suas vidas um dia destes.
Mas neste Universo dos Vinte e dois mil seiscentos e setenta e cinco actores desempregados, existem milhares de Simones e Silvies, loiras ou morenas, também elas à espera que surja o tal dia Sim, neste calendário impregnado de dias Não…! Porque elas estão dispostas a aceitar tudo, mas mesmo tudo, aquilo que o mercado lhes oferecer, desde que lhes peçam qualquer coisa, quando e como quiserem.
Porque triunfar é preciso e o sonho, em nome do futuro, é sempre a última coisa a morrer.
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